segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Trechos do Livro: Meus olhos... Minha vida... Meu amigo.










“Alegra-te, jovem, em tua juventude.”

                          Eclesiastes 11-9-10

Prefácio 
Quase sempre todas as tardes, eu sempre estava no conjunto nacional em plena Avenida Paulista, permanecia em uma livraria por um período de 4 horas, o suficiente para apreciar alguns livros embora poucas vezes adquiria algum exemplar, e o mais estranho é que quase não folheava e nem tão pouco olhava para algum livro.
Precisava sentir aquilo, em que sempre sonhei ser em minha vida, precisava respirar o ar puro da literatura. Simplesmente ficava observando as pessoas escolherem seus livros, ouvia seus comentários, alguns diziam; “Você já leu este livro é simplesmente maravilhoso”
Então pensava comigo mesmo, quando alguém ira olhar para o meu livro exposto numa livraria é ira dizer “Este livro é maravilhoso”, tudo parecia um sonho em minha vida, aqueles pequenos, mas preciosos momentos tornavam-se muito importante.
Certa noite eu tinha a companhia de uma amiga em um restaurante na Cidade do Embu das Artes aproximadamente quarenta minutos da capital, era uma noite chuvosa, o restaurante não era tão atrativo, porém faziam certo tempo em que não nos víamos, ela me fez uma pergunta “o que eu fizera da minha vida recentemente”, sem  pestanejar respondi de imediato “Estou escrevendo um livro” seus olhos brilharam como se fosse de cristal então ela quis sabe do que realmente eu estava escrevendo contei-lhe sobre: “Meus olhos, Minha vida, Meu amigo”.  E sobre a historia de Norman Briston é a sua busca em torno da liberdade e do perdão, porém mais surpreso eu fiquei com a sua reação final, ela simplesmente estava encantada com toda minha historia sua boca formava um formato de um O.
 “Acho que será um bom livro, uma linda historia” disse ela, eu concordei também expressando um largo sorriso no rosto, daquele momento em diante senti que o meu sonho poderia se tornar realidade e que a minha historia não era uma simples historia, mas sim uma historia que valeria a pena ser contada, então passei a conviver mais intensamente a vida de um personagem imaginário apenas em minha mente.
Tentei passar nesta historia a importância de perdoamos sempre que possível os erros, nunca saberemos ao certo quantas vezes teremos que errar para aprendermos a viver corretamente, muitas vezes nossos erros tornam-se derrotas e apenas os derrotados sabem encontrar o caminho para vitoria, a busca incessante para corrigimos algo nós tornam vulneráveis, adoro ler biografias e uma que me chamou atenção foi do líder negro Martin Luther King não só pelo seu discurso triunfal “Eu tenho um sonho”, mas pela seguinte frase: 


“Eu prefiro sair na chuva e me molhar, do que ficar em casa e ver a chuva passar”  
Dedicatória
Este livro é dedicado a estas grandes mulheres que ao longo desta historia estiveram presente em meu coração:
Michelly Cristina Nascimento Correia
Silvânia Fernanda dos Santos
Sueli Tamiko Nabeshima
Paola Nabeshima Madalone
Elizabete Aparecida do Nascimento

A história da mulher é a historia da pior tirania que o mundo conheceu: a tirania do mais fraco sobre o mais forte “Oscar Wilder”




Iniciando uma historia,
Reflexão de Norman

Era uma manhã ensolarada, aproximadamente uns trintas graus o sol escaldante penetrava na pele das pessoas logo ao amanhecer, assim eram todas as manhãs no verão, pessoas caminhando na calçada, o vento forte que soprava em sentido ao norte refrescavam a temperatura irradiante.
As ruas eram repletas de pequenas praças, casais de namorados caminhando lado a lado.
Era no ambiente totalmente romântico que se encontrava Norman sentado no banco da praça, ele calçava um sapato marrom e vestia uma calça de cor bege e camisa branca de manga longa, estava bem alinhado, sem sombra de duvidas, talvez tenha tido uma ajuda de um toque feminino, pois ele não parecia ser o tipo do homem que se preocupasse com as tendências da moda, em sua mão estava em buquê de rosas vermelhas.
As rosas vermelhas são as flores da deusa Ísis, representante do amor, paixão e as virtudes subseqüentes que fazem realçar um elo verdadeiro entre dois amantes em busca de uma paixão. As rosas eram para serem entreguem a uma pessoa muito especial, alguém que ele não via há anos e que deixara muitas saudades.
Passavam-se das nove horas da manhã, Norman estava apreensivo constantemente caminhando sem direção alguma, era extremamente compreensível toda sua inquietude, ele esperava por este momento por vários anos de sua vida.
Normam caminha discretamente até o final da praça, todos que passavam em sua volta observavam seu nervosismo, até porque qualquer pessoa em especial uma mulher que aproximasse dele com um tom de pele próxima a sua poderia ser quem ele estava esperando, retornou para o banco onde estava antes, tirou de seu bolso um lenço branco e procurou enxugar o suor que escorria em sua testa, agora às lembranças flutuavam em sua mente.


- Norman! Norman! - Gritava sua mãe

Uma senhora de meia idade pele escura, de cabelos longos pretos que escorriam até a altura do quadril, e naquele momento lavava roupas nos fundos da casa, procurava pelo filho, afinal Normam sempre fora um menino ativo e que quase nunca parava em casa, isso deixava sua mãe desesperada, ela passa as mãos pela cabeça empurrando de leve a touca que prendia seus cabelos presos delicadamente.

- Sim... Mãe eu estou aqui - Respondeu Norman correndo sem parar.
- Mas que diabo você estava fazendo? - Questionou sua mãe enfurecida.
- Norman! Onde você estava? Perguntou desesperadamente seu pai em busca de sua atenção
- Estou aqui pai! Estou brincando com o John, Mike e Bill Respondeu Norman cabisbaixo com as mãos entrelaçadas e aspectos de choro e pés descalço

- Eu já avisei a você que pela manhã não e hora de brincar Norman... Seu pai precisa da sua ajuda, você tem que ajudá-lo a dar comida os porcos... Primeiro a obrigação depois à diversão. 
- Norman! Norman! - De longe gritava seu pai, enquanto corria atrás dos porcos, um senhor franzino de altura mediana e de pele queimada pelo sol.

O inicio de uma juventude;
A descoberta do amor

Com o passar do tempo me tornei um adolescente, na juventude as brincadeiras no bosque viraram coisa do passado, porém não em minha mente.
Eu ainda guardava as lembranças de um tempo feliz e proveitoso, como todo adolescente agora começava a descobrir obstáculos, metas a serem conquistadas sejam profissionalmente ou mesmo na vida afetiva, precisava viver o presente conquistar novas amizades, conhecer outros lugares. E, sobretudo, descobrir o amor

Afinal quem nunca em toda sua vida não teve uma paixão secreta por uma professora, e a minha paixão, ou melhor, de todos os alunos da escola era a professora de Geografia à senhora Sirlei, eu que não entendia bem de geografia, na verdade eu mal sabia onde ficava o Brasil, mas entendia muito bem sobre anatomia humana.
A senhora Sirlei tinha o quadril mais exuberante da escola ou talvez da cidade, lembro-me que todos os dias sempre antes de iniciar sua aula, eu, Mike e Bill riscávamos a lousa de um extremo ao outro, somente para poder ver o balanço do seu quadril ao tentar limpar tudo, era incrível todos os meninos da sala ficavam com os olhos brilhando suas bocas faziam um formato de um O.
Certa vez o Bill que sempre sentava ao fundo da sala parecia tão concentrado, seus olhos não pestanejavam até que ele virou da cadeira caindo ao chão.
Passaram os anos, até que a senhora Sirlei não foi mais nossa professora de Geografia e nunca mais a vimos novamente, todos nós sentimos muito a sua saída, desde então nunca mais a lousa ficará riscada antes da aula. Mas nada se compara ao verão de 1960 quando eu realmente me tornei um homem de verdade. 

Convivendo com seus;
Próprios erros.

                   
Penitenciária de Beaumont, Texas

Ainda tenho em minhas lembranças a primeira vez que cheguei a Beaumont, estávamos todos assustados não sabíamos o que exatamente nos esperava, até a chegada tivemos que percorrer um trajeto de duas horas, um total de vinte homens, todos de classes sociais diferentes desde um simples trabalhador, até um grande empresário, mas neste exato momento éramos todos iguais, talvez só existam duas maneiras de se igualar os homens:
Quando morremos ou quando estamos encurralados dentro de um sistema penitenciário. Não havia desigualdade social estávamos todos no mesmo barco, chego a pensar que seja a única vantagem que um pobre tem sobre o rico.
Era uma manhã ensolarada o calor estava escaldante, era chegado o momento das apresentações, estávamos prestes a conhecer o diretor do presídio.

O Recomeço. 
A porta da biblioteca estava semi-aberta quando adentrou pela manhã o capitão Kevin a sua presença poderia indicar duas coisas; problemas ou estaria ele precisando de algo. Não era de costume do capitão, entrar na biblioteca principalmente pela manhã.
- Norman! Você está aqui? – Perguntou ele esticando o pescoço entre a porta.
Por alguns segundo Norman encontrava-se na frente do capitão, o que lhe causara surpresa, afinal depois de tantos anos de trabalho na biblioteca, a presença do capitão era algo de muito raro, a não ser por algum motivo de extrema necessidade.
- Norman o diretor precisa falar com você!
- Aconteceu algo que eu não sabia capitão?... Perguntou Norman sem compreender o que realmente o diretor poderia querer com ele naquela manhã.
-  Primeiramente! Acho que você poderia me servir de um café. – Disse Kevin sorridente.
- Sim claro desculpe-me.
Norman virou-se em sentindo contrario ao capitão e caminhou em direção a uma pequena sala que improvisaria como cozinha para preparar seu café.
- Sabe Norman eu tenho observado que você tem feito um bom trabalho na biblioteca... Há quanto tempo já está aqui?
- Não sei ao certo talvez uns trinta ou quarenta anos.
- O tempo passa muito rápido mesmo.
Norman terminara de fazer o café, e este era muito conhecido na prisão, todos sem exceção tinha o hábito de começar o dia tomando seu cafezinho com chocolate.
- O senhor preferi com ou sem açúcar?
- Você não tem chocolate? Afinal de contas é o seu chamariz na biblioteca ou é apenas um serviço para visitas ilustres?
Norman sentiu certo sarcasmo nas palavras do capitão... Porém o que não estava bem delineado era a sua real presença na biblioteca pela manhã, para Norman nada estava errado. A biblioteca estava funcionando corretamente, os livros encontrava-se em ordem, ele não compreendia ao certo o que estava acontecendo ou o que realmente poderia está para acontecer. Os dois sentaram-se à mesa degustando um gole de café.
-  Sabe Norman! Quando você sair deste lixo eu sentirei muito a sua falta, aqui não e lugar para homens como você.

Dia seguinte

Já eram oitos horas da manhã quando Norman se preparava para sua saída, sentado numa cadeira e pensativo dentro da biblioteca ele precisava olhar pela última vez a cada espaço em que passara tantos anos de sua vida. Os livros, as cadeiras de leituras... Levantou-se e caminhou sentido a sala onde preparava o café, ao fundo poderia se ouvir um barulho da porta se abrindo, era o diretor, estava chegando à hora da partida.
- Bom dia Norman! O carro esta esperando por você.
- Estava tomado meu último café com chocolate.
- Todos nós vamos sentir saudades do seu café.
As portas de ferro de Beaumont abriram-se pontualmente às nove horas da manhã para sua saída, o sol estava radiante, Norman vestia um termo azul marinho cedido pelo diretor como uma forma de carinho por todos os anos vividos em Beaumont. 
O início de uma grande amizade
Todos os dias às sete horas da manhã o senhor Cross tomava seus café da manhã como de costume, torradas acompanhadas de queijo branco fresco e geléia de maçã, antes de ir a seu trabalho, num escritório de advocacia localizado no centro da cidade onde ele exercia o direito em operações tributarias.
-  Bom dia meu amor! Indagou sua esposa, ao vê-lo pela manhã na mesa do café, uma mulher loira de estatura mediana olhos claros.
- Bom dia querida... Você dormiu bem ontem à noite?
- Sim como um bebê.
- Mas você ainda é um bebê.
- Claro um bebê de quarenta e sete anos e alguns quilinhos a mais.
- Bem preciso ir tenho que visitar um cliente logo cedo, se eu atrasar certamente ele não ira esperar.
- Você falou com seu pai ontem à noite?
- Não por que! Ele precisa de algo?
- Seu pai está sempre precisando de algo meu querido.
- Eu ligo para ele depois... Preciso ir agora querida, tenha um bom dia.
    
Cross sempre chegava pontualmente ao seu escritório às oito horas da manhã.
- Bom dia senhor Cross!
Cross já estava cruzando a porta da sua sala quando se deu conta que não havia cumprimentado a senhora Lucy.
-  Bom dia senhora Lucy.
Pastas espalhadas por todos os lados da sala, desesperadamente ele tentou encontrar mo meio da bagunça a pasta que precisava, enquanto o telefone tocava na sala ao lado, foi preciso quatro toques para que a senhora Lucy atendesse a ligação.
 -  Cross consultoria tributaria! Bom dia.
- Alo! Quem esta falando?
- Olá senhor Jordan... Bom dia! Em que posso ajudá-lo?
Jordan Cross era o pai do senhor Cross Smith um ex-veterano da guerra aposentado pelo governo americano como ex-combatente do Vietnã, os mosteiros e as granadas haviam destruído parcialmente sua visão.
- Senhor Cross! Há uma ligação para o senhor.
- Estou muito ocupado agora... Você poderia anotar o recado e eu ligarei em seguida, por favor.
- Senhor Cross tenho que lhe dizer que é o senhor seu pai que está linha, mas acho que ele não vai desistir enquanto não atender, já ligou varias vezes.
Cross parou de procurar o que estava procurando, ficou pensativo por uns instantes e pediu para que ela transferisse a ligação para sua sala.
- Olá papai está tudo bem.
- Cross onde você estava?... Tanta demora em atender este telefone.
- Eu não demorei papai... Estava guardando algumas pastas.
- Cross! O inimigo não espera, ele simplesmente ataca... Quando ouvir o sinal corra não fique parado.
-  Não estamos mais na guerra papai. Estamos em pleno século XX.
- A vida é uma guerra Cross! Nunca se esqueça disto meu filho.
- Papai eu posso ligar mais tarde? Estou muito ocupado agora.
-  Não demore Cross preciso falar com você ainda hoje.
 - Tudo bem papai, eu prometo que votarei a ligar ainda hoje.

Cross acordou bem cedo para o trabalho, sentou-se à mesa para o café da manhã, sempre acompanhado de sua esposa como de costume um café da manhã com bastantes frutas e queijo branco fresco, serviu-se de um suco de laranja com adoçante sua esposa sentou-se em seguida. Cross estava pensativo mal tocou no queijo, logo ele que não deixava de degustar uma fatia de queijo iniciando o desjejum. Sua esposa o observa atentamente.

- Tudo bem, querido?
- Sim claro está tudo bem.
- Parece-me preocupado!

Cross levantou-se e foi em direção a sua esposa, abraçou-lhe pela costa e fortemente beijou seu rosto e retornou para a cadeira a qual estava sentado, agora de frente para ela, abriu um largo sorriso no rosto deixando transparecer toda a sua euforia, porém Mary não compreenderia o que estava acontecendo não imaginaria o que realmente teria deixado seu meu marido tão eufórico pela manhã.

-  Então você vai me dizer o que realmente aconteceu?...Ou vai ficar me olhando com esta cara de tonto.
- Acho que encontrei ontem um homem para fazer companhia ao papai!
- Então, era esta toda sua euforia?

No dia seguinte: Casa de Norman.
Passava do meio dia quando o telefone da casa de Norman toca insistentemente, o barulho do liquidificador não o deixava ouvir o toque do telefone, ele estava preparando um suco para se refrescar do calor intenso.

- Alô.
- Alô... Senhor Norman.
- Sim.
- Olá! Tudo bem com o senhor?
- sim claro... Mais quem está falando?
- Há desculpe-me sou eu Cross.


domingo, 4 de outubro de 2009

Trechos ainda não disponíveis.



Trechos do livro "O dia Final"




Desde então, por causa do ciúme do demônio, a raça humana tem se apartado de Deus, a quem deve sua própria existência e as qualidades sobrenaturais que o homem possui. Agora as pessoas estão divididas, tornando-se inimigas umas das outras. Elas não param de brigar: umas em nome da verdade e da virtude, e outras em nome de tudo aquilo que é contrário a verdade e a virtude   "Papa Leão XIII"


Capitulo 1


Paulo estava ajoelhado ao chão, com os dedos cruzados, cabisbaixo, fazendo suas orações, ele que na verdade se chama Jonas. Havia recebido este nome de batismo, convertido receberá o nome de Paulo uma menção ao apóstolo Paulo de Tarso.
No primeiro século, Tarso era a principal cidade da província da Cilícia na parte oriental da Ásia Menor. Embora localizada cerca de 20 km no interior, a cidade era um importante porto que dava acesso ao mar por via do rio Cnido, que a corta ao meio. Nessa cidade cresceu o jovem Saulo que depois veria se chamar de Paulo de Tarso.
Depois de Jesus, Paulo deve ser a pessoa mais influente na história da fé cristã. A conversão de um inimigo zeloso dos cristãos para um advogado incansável do evangelho se classifica entre uma das histórias mais dramáticas das escrituras. Seus anos de ministério o levaram a inúmeras cidades na Ásia Menor e na Europa. Ele também escreveu treze cartas que estão incluídas no Novo Testamento.

- É chegada à grande hora Paulo, o grande momento está próximo - Disse o mestre colocando a mão sobre sua cabeça.
- Eu tive um sonho ontem à noite mestre - Ressaltou Paulo.
- O que viste em teu sonho filho.
- Sonhei que estava com o nosso senhor Cristo, e ele me falava sobre o dia do juízo final.

O mestre fez uma pequena pausa e caminhou em direção contraria, parou de frente para uma janela toda em cristal, levantou a cabeça e respirou fundo puxando todo o ar para dentro de sir, por alguns instante ficou pensativo depois de alguns minutos virou sobre os calcanhares e caminhou novamente em direção a Paulo.

- Deus tambem conversou comigo ontem a noite em meu aposento, ele me falou que é chegada à grande hora, não podemos falhar com ele, está em nossas mãos o futuro da humanidade a meia noite de hoje o senhor receberá uma prova da nossa fé, eu confiei a ti a missão divina - Disse o mestre.

Paulo ficou perplexo com que o seu mestre acabara de dizer, seus olhos se esbugalharam.

- Mestre serei eu capaz de fazer cumprir a vontade de Deus, eu que sempre foi um pecador um simples homem.

23h00min

Em um local um pouco distante uma jovem chamada Emily caminhava pôr todos os cômodos da casa, parecia ansiosa em busca de algo que não estava ao seu alcance.

23h30min

Paulo cruzava a avenida em direção ao seu destino, a chuva fina ainda insistia em cair embora que vagarosamente, ao sair do banheiro Emily ainda enrolada na toalha pode ouvir o seu telefone tocar na sala, neste instante ela abriu um discreto sorriso deixando a mostra seus dentes brancos, ligeiramente dirigiu-se até a sala com a certeza que poderia ser seu namorado Erick.

- Alô! Meu amor já está com saudades? - Disse ela ao atender a ligação, havia um silencio total do outro lado da linha.
- Erick é você? Questionava ela, em seguida todo o silencio foi quebrado.
- Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer. - Disse uma voz do outro lado da linha

23h58min

Emily parecia um pouco apreensiva neste momento constantemente olhando para relógio na parede, quando de repente ela pode ouvir alguém bater em sua porta.  Ela caminhou apressadamente  tendo a certeza que era Erick ao destrava a porta ela foi tomada por um susto.

─ Senhorita E. M. I. L. Y... Disse um homem com uma voz grossa e pausadamente.
─ Quem é você? - Perguntou ela assustada, não compreendendo o porquê da presença daquele homem, ainda molhada, seus cabelos deixavam escorrer água sobre o seu corpo envolvido na toalha.

─ A senhorita não me conhece venho aqui em nome de Deus.
─ Em nome de Deus?!, mas que brincadeira é essa? ─  Disse ela apavorada.
Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer. - Disse o homem

Seus olhos se esbugalharam, aquela voz estranha estava ainda viva em sua mente, em um ato de pura defesa ela tentou fechar a porta rapidamente, mas foi impedido por Paulo que segurava a porta pela fenda, o rosto de Paulo encheu-se de fúria, apavorada Emilly recuou até o fundo da sala enquanto Paulo tentava brutalmente abrir a porta usando de toda a sua força.
Os olhos de Emily lacrimejando de pavor viam desesperadamente toda a raiva incontida daquele homem, ela tentou em um ato de puro desespero jogar todo o peso do seu corpo sobre a porta na tentativa de impedir a ação de Paulo, os gritos de socorro de Emily  ecoavam por todos os cômodos da casa, desesperada ela pegou o telefone que estava sobre o sofá, tentou fazer uma ligação, porém seus dedos trêmulos mal conseguiam segurar o aparelho, ela esforçava-se para manter-se calma, rapidamente conseguiria uma ligação no celular de Erick, no bar, Erick pode observa que se tratava de Emily, ele respirou fundo mostrando o visor do celular para o seu amigo ao lado.

─ Puxa vida essa mulher não larga do seu pé ─ Disse seu amigo dando risada e segurando um taco de sinuca em sua mão esquerda.
─ Não fala assim dos meus lanches ─ respondeu Erick com uma voz sádica.
─ Anda logo atende este telefone de uma vez.
─ Oi meu amor ─ Tentou ele se justificar.
─ Erick! Erick! ─ Gritava Emily desesperadamente.
─ Eu não estou te ouvindo ─ Respondeu Erick.

O barulho intenso impedia toda a comunicação, então ele encerrou a ligação, Emily tentou um ultimo minuto de atenção, porém em vão.
Em poucos minutos Paulo conseguiria abrir a porta e caminhar rapidamente em sua direção, agora aquele homem estranho estava a sua frente ela tentou correr em direção ao quarto para protegesse, mas foi segurada pelas mãos, seu corpo foi arremessado como se fosse uma bola em direção a mesa, indefesa ela caia ao chão, arrastou-se em busca de algo para apoiar-se, sentia seu corpo trincar com se fosse de vidro, Paulo pisou em seu braço esquerdo e com uma fúria incontida tirou da sua túnica um prego de ferro e cravou na palma da  mão de Emily, ela sentiu que a morte estava a sua espera naquela noite, a dor irradiava até a sua espinha dorsal. O sangue escoria sobre o seu braço enquanto ela tentava desesperadamente um grito de socorro, Paulo rapidamente colocou sua imensa mão sobre a sua boca abafando o som que ressoava na casa, não demorou muito para que ele a segurasse pelo pescoço, usando de sua força tentando estrangulara, ela ainda tentou um ultimo suspiro de vida.

─ Não!... Por favor!... Não! ─ Gritava  desesperadamente,  suas veias dilatavam em seu pescoço; tamanho o pânico de Emily.

Seu corpo estava totalmente suspenso, seu rosto ganhou um aspecto de dor, nada lembrava aquele rosto jovial e carinhoso de sempre. Tudo aconteceu em  segundos, não demorou muito para suas pernas suspensas ao ar parasse de balançar, agora Paulo deixava seu corpo cair ao chão. Seu semblante era de vitória total parecia alcançar à maior gloria em toda a sua vida, seus olhos vermelhos brilhantes lembrava duas bolas de fogo, ele arrastou o corpo de Emily por toda a sala segurando a sua mão esquerda, a marca de sangue ao chão prosseguia até o destino final.

Capitulo 2

O tique e taque do relógio no canto da cama marcava as horas um ventilador de teto rodava em um ângulo de trezentos e sessenta graus, o suficiente para refrescar todo o ambiente. Já se passavam das três horas da manhã quando o telefone começou a tocar na casa do detetive Frank Lucas, deitado  na cama, ele mal conseguia levantar para atender o telefone, estava cansado da noite anterior que havia sido desgastante.
Suas roupas jogadas ao chão e no canto da cama em cima do criado mudo havia um copo com leite que tentara tomar sem muita vontade. Virou-se sobre o próprio corpo e estendeu a mão para alcançar o telefone, mesmo diante da pouca luz levou o telefone ao ouvido, do outro lado da linha uma voz gritava pelo seu nome
- Alô! - Disse Frank ainda sonolento.
- Alô? Detetive Frank, Alô detetive? - Respondia uma voz masculina parecendo distante

Ainda nocauteado pelo sono, Frank mal conseguia abrir os olhos, o barulho da chuva atrapalhava toda a comunicação, ele desligou o telefone sem a menos ouvir o que o homem tinha a lhe dizer.
Levantou e sentou-se a beira da cama tentando clarear a sua mente, olhou para o identificador de chamada com o objetivo de certificar de quem poderia ter ligado, pensativo e com as mãos sobre o rosto caminhou lentamente até ao banheiro fixou seus olhares ao espelho e seu aspecto era de um homem cansado ele não acreditava que a imagem que refletia ao espelho era do seu próprio rosto, não demorou muito para que o telefone voltasse à toca novamente agora um pouco mais consciente rapidamente atendeu.